Ao abrigo de um protocolo assinado entre os ASF-P e a Costa Polis S.A., foi elaborado um estudo de caracterização e avaliação do valor cultural e patrimonial de 44 construções da frente marítima da praia da Saúde e da praia da Mata.
Na primeira fase do estudo, em Junho 2011, foi realizado o enquadramento histórico e cronológico do assentamento existente e, paralelamente, uma campanha de levantamentos in-situ para caracterização dimensional, construtiva, do estado de degradação e do historial individual das construções, permitindo um diagnóstico da situação existente.
Na segunda fase do estudo, em Setembro de 2011, efectuou-se uma leitura mais detalhada das construções existentes, baseada nas fichas de levantamento e de caracterização elaboradas in-situ, que, conjugada com os critérios de aceitação e de análise explicitados na primeira parte do documento, permite chegar a recomendações
relativamente às possibilidades de intervenção preconizadas. Os critérios adoptados basearam-se não só em características intrínsecas ao objecto de estudo per se (isto é, das casas consideradas individualmente), mas também numa leitura mais alargada das implicações das diversas opções de intervenção, de acordo com as dimensões do problema anteriormente identificadas.
Para atingir os objectivos propostos, adoptou-se a seguinte metodologia:1 – Definição e descrição das principais estratégias possíveis de intervenção;
2 – Definição de critérios de avaliação e de valoração dos casos de estudo em função das categorias de análise estudada;
3 – Análise particularizada de cada um dos casos de estudo, através da leitura das fichas de levantamento;
4 – Revisão ou confirmação das classificações provisórias atribuídas na primeira fase do trabalho, relativamente ao impacte das alterações efectuadas e à condição dos casos de estudo, ou seja, quanto ao distanciamento e adulteração das matrizes morfológicas originais e quanto ao estado de conservação das casas;
5 – Enquadramento de cada caso de estudo relativamente às diferentes estratégias de intervenção anteriormente preconizadas;
6 – Recomendação de intervenção para os casos estudados.
